Foi para o ‘quinto dos infernos’
Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo à Colônia, isto é, Portugal.
Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima era chamada de "O Quinto". Tal imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.
O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam ‘o quinto dos infernos’.
A partir daí a expressão passou a designar aquilo que de pior havia.
Em determinado momento, a Coroa portuguesa houve por bem cobrar os ‘quintos atrasados’ numa só prestação. O episódio tornou-se conhecido como ‘Derrama’.
Revoltou-se a população. Segundo certa legenda, o incidente teria sido o pivô da ‘Inconfidência Mineira’, que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Passamos da vilipendiada Monarquia para a conspícua República.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, ao final do ano de 2010 (ou seja, há mais ou menos um ano), a carga tributária brasileira chegou a 38%, o que corresponde a praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.
Como traduzir em miúdos a nova situação?
A carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira. Significa que pagamos hoje, literalmente, ‘dois quintos dos infernos’ de impostos...
Quer dizer, para termos acesso ao ‘paraíso’ republicano, somos condenados a um doloroso ‘purgatório’, que nos custa nada mais nada menos do que ‘dois quintos daqueles infernos’, dos quais a República supostamente nos veio safar...
Afinal, o rodízio de ‘mensaleiros’ e as falcatruas das ONGs de plantão, mais as orgias dos dispêndios da classe política, sem contar os poulpudos salários, comissões e jetons dos inoperantes e degradados Três Poderes, devem ser bem municiados...
Nosso dinheiro é, pois, ‘legalmente’ confiscado em dobro pelos brasões da república.
Por que não exigir, pelo menos, um abatimento de cinqüenta por cento?
Nada que vá além dos... ‘quintos do inferno’!
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